quarta-feira, 13 de maio de 2009

CALIGRAFIA DO DISLÉXICO


Só para termos uma idéia de como é difícil para o disléxico, conseguir uma boa caligrafia.

Não é falta de cuidado, é dificuldade!

ENTREVISTA COM DR. ORLANDO ALVES DA SILVA

"As técnicas de diagnóstico, de prescrição e acompanhamento são diferentes do trabalho clássico da medicina e exigem uma aprendizagem prévia específica"

O cérebro e suas complexidades

O oftalmologista português Orlando Alves da Silva é chefe do serviço hospitalar do Hospital Universitário Santa Maria, de Lisboa. Presidente-fundador da Associação Portuguesa de Posturologia Clínica e Dislexia e fundador do Grupo Português de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo.Participou, do 1º Curso Internacional Integração Sensorial, promovido pelo Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães de Belo Horizonte. Nesta entrevista, ele explica o que é sistema proprioceptivo e quais são os sintomas de distúrbios neurológicos.

O que significa sistema proprioceptivo?

É um sistema neurológico que integra as informações que chegam ao cérebro sobre o estado do corpo e a relação entre o corpo e o espaço que o rodeia. Ele recebe informações provenientes de múltiplos captores, como pele plantar, músculos, articulações, mucosas, língua, sistema visual, sistema coclear (auditivo), integra e contabiliza todas essas informações e expede as ordens necessárias para as fibras musculares do organismo de contração lenta que realizam a ação. É um sistema complexo com múltiplas entradas e saídas às quais se associam mecanismos de feedback ou retroalimentação. Esse sistema influencia a maioria das funções do organismo que se processem por meio de ondas de baixa freqüência (ondas delta e teta).

Quais são as principais patologias relacionadas ao sistema proprioceptivo?

Sempre que o sistema proprioceptivo entra em disfunção, os sintomas são múltiplos e ocorrem em vários departamentos do organismo. Vertigens, dores musculares e cefaléias, enxaquecas, sensação de náusea e perturbações vasculares podem causar perturbações cognitivas e distúrbios de aprendizagem. Verifica-se que neles há baixa do rendimento escolar. A criança progride na escola abaixo de sua capacidade de inteligência e do esforço que desenvolve. Pode observar-se a dislexia (dificuldade na leitura), a discalculia (dificuldade no raciocínio matemático), a disgrafia (letra irregular, mal desenhada, fora das linhas e sem respeitar espaços), a dislalia (dificuldade na articulação das palavras), a disortografia (erros ortográficos aleatórios ao longo do texto), déficit de atenção, hiperatividade ou, em outros casos, fadiga inexplicável, mesmo pela manhã, antes de qualquer esforço.

É possível que qualquer médico consiga diagnosticar problemas nessa área?

A maior parte dos médicos não tem formação nessa área porque o sistema proprioceptivo é pouco falado nas faculdades de medicina. Cada especialista se ocupou de um segmento do corpo humano e pouco a pouco foi perdendo a noção de que o nosso organismo é um todo. Como o sistema proprioceptivo tem fatores múltiplos, ele depende de uma abrangência ampla do corpo humano. Dezenas de sintomas identificados diariamente nos consultórios podem representar uma falha na propriocepção, por isso os profissionais da saúde que têm contato com essas pessoas precisam se esforçar, tentando compreender seus sintomas.

O que os familiares ou o próprio paciente devem investigar para saber se estão com algum distúrbio desse tipo?

Neste momento, existem no Brasil seis centros, em breve sete (o Hospital de Olhos Dr. Ricardo Guimarães), com o conhecimento necessário para fazer o diagnóstico dessas situações. Fora desses centros o diagnóstico não tem possibilidade de ser feito, já que os profissionais não treinados atribuem os sintomas existentes a outras causas. Tentarão dar remédios para atenuar os sintomas, mas nunca conseguirão identificar e tratar a doença. Familiares ou pessoas que apresentam um ou mais sintomas descritos podem procurar esses centros especializados para investigar detalhadamente a causa. Existem também sintomas, como dores cervical, dorsal, lombar e até se assemelhar a uma dor ciática, mas, nesse caso, ela se deve a uma contração do músculo piriforme que aperta o nervo ciático. Pode haver uma dor inguinal, que se assemelha à dor da apendicite, mas que é devida à pressão da porção intrapélvica do músculo piriforme. Outros sinais são mãos frias mesmo em ambientes quentes, a palidez da pele (que se normaliza em poucos minutos depois do tratamento proprioceptivo), quedas inexplicáveis, choques contra os objetos, sem que haja qualquer lesão no ouvido ou no cerebelo, e tonturas. Além disso, a pessoa tem dificuldade em perceber a posição exata de cada segmento do seu corpo em relação aos outros segmentos ou ao espaço. Morde a bochecha ou a língua sem querer, tropeça sem razão aparente, derruba objetos, despeja líquidos fora do recipiente onde pretende colocá-los, se sente mal em grandes espaços que não tenham pontos de referência. Os profissionais especializados têm técnicas específicas para detectar a disfunção proprioceptiva e avaliar os resultados do tratamento.

Como é o tratamento que o senhor propõe de utilização de lentes com primas? Como funciona?

O tratamento consiste em normalizar o funcionamento do sistema proprioceptivo através de novas informações de forma integrada, como a reprogramação postural, as palmilhas posturais, a ergonomização do mobiliário e os prismas ativos. Os prismas atuam sobre a via retinocolicular, que é a via proprioceptiva visual, responsável pela percepção da localização do corpo no espaço. Cada uma dessas técnicas atua sobre captores específicos. Em relação aos sintomas físicos, a normalização é imediata e pode verificar-se logo no primeiro momento. Quanto aos sintomas cognitivos, são necessárias algumas semanas ou meses de maturação para se observar os primeiros resultados. Em termos gerais, verificamos que aos 4 meses de tratamento, mais de 90% dos casos que cumpriram o tratamento recomendado apresentam melhorias muito significativas.
Ellen Cristie do site: http://www.saudeplena.com.br

SÍNDROME DA DEFICIÊNCIA POSTURAL (SDP)

Postura e Dislexia

Dores musculares, cefaleias, dislexia, vertigens ou fadiga crônica são alguns dos sintomas de problemas de postura, de que um médico português é um dos maiores especialistas mundiais.

É uma questão biológica. Dentre milhares de funções para as quais o cérebro humano está programado, uma delas é saber reconhecer a forma e a volumetria do corpo, bem como a posição exata que este ocupa no espaço. Quase ninguém percebe esta competência inata, mas a sua importância é capital, pois, sem ela, os seres humanos não conseguiriam adequar quaisquer movimentos ao meio envolvente. O que pode acontecer, então, quando algo perturba esta capacidade?

Em Portugal, ninguém melhor para responder a esta pergunta do que Orlando Alves da Silva, oftalmologista, chefe de serviço no Hospital de St.ª Maria, em Lisboa, e um dos grandes impulsionadores de uma disciplina médica emergente, a Posturologia.

Como explica este investigador, os problemas surgem quando «o indivíduo adopta posturas corporais incorrectas, que embaralham a percepção que o cérebro tem da posição das diferentes partes do corpo».

Ou seja, defasado da orientação espacial do esqueleto e do estado de contração ou relaxamento de vários músculos, o cérebro passa a dar ordens erradas a diversas estruturas do organismo. E as consequências que podem advir desta violação da harmonia biomecânica humana sucedem-se num rol tão variado quanto surpreendente.

OS PRINCIPAIS SINTOMAS

Dores musculares persistentes, cefaleias, nevralgias, vertigens e perdas de equilíbrio, fadiga crónica, dificuldades de concentração, perdas de movimentos, distúrbios da visão e da audição são apenas os sintomas frequentes dos problemas de postura que, globalmente, se designam por Síndrome da Deficiência Postural (SDP).

O valor que se segue talvez surpreenda a maioria dos leitores, mas, segundo Alves da Silva, «mais de 10% da população portuguesa tem SDP». No entanto, «as pessoas não sabem o que isto é e a maioria dos médicos também não» - o que nem seria grave se estes doentes não perdessem «anos de qualidade de vida em consultas de quase todas as especialidades, sem resolverem o problema».

Embora tenha aperfeiçoado de forma notável o conhecimento e as técnicas de diagnóstico da SDP, é sobretudo pelo seu método terapêutico que Alves da Silva se distingue na linha internacional da investigação em Posturologia. Com uma eficácia que o autor garante ser «superior a 90%», o tratamento aplica-se em duas fases.

Em primeiro lugar, o doente passa a utilizar um tipo particular de lentes prismáticas, que o próprio Alves da Silva desenvolveu. Após a intervenção óptica, o doente deve frequentar sessões de «exercícios de correcção postural», nas quais um técnico de Ortóptica o reeduca a «andar, permanecer em pé, sentar, deitar e respirar da forma adequada ao restabelecimento do seu equilíbrio postural». Foi assim que António Grilo se recuperou de um problema sem explicação evidente. Há 16 anos, teve de se afastar do trabalho porque «não parava com dores de cabeça, vertigens e vómitos, e não sabia o que aquilo era».

Do médico de família passou para um neurologista, que, sem solução, o encaminhou para um otorrino. Este aconselhou a consulta de Alves da Silva, que lhe diagnosticou uma SDP. Com as lentes prismáticas e os exercícios, «o problema resolveu-se em pouco tempo e nunca mais houve nada».

Mas o exemplo de António Grilo é dos mais simples. À consulta de Alves da Silva também chegam casos desesperados, como o da doente que passou «anos numa cadeira de rodas, a correr todos os serviços e consultas de neurologia de Lisboa», sem que ninguém encontrasse a causa do desequilíbrio permanente que a impedia de se manter em pé. O problema era, afinal, uma SDP grave, cujo tratamento adequado devolveu o equilíbrio e o andar à doente, em poucas semanas.

13 ANOS SEM CONSEGUIR LER

Uma aula de correção:

Do estrangeiro também chegam pacientes. Alguns aproveitam uma passagem por Lisboa, em trabalho ou em férias. Outros vêm de propósito, em último recurso. Foi o caso de um bem-sucedido empresário inglês que, cerca de 13 anos antes de ser tratado em Lisboa, se tornara incapaz de ler, pois a mais breve leitura causava-lhe dores de cabeça que o próprio dizia serem insuportáveis.

Durante este período recorreu a numerosos especialistas e experimentou todas as possibilidades de tratamento de que ia tomando conhecimento, sem resultados. Na primeira consulta com Alves da Silva, este constatou que o doente não conseguia ler por mais de sete segundos - depois disso surgiam as dores. Contudo, bastaram as lentes prismáticas adequadas para que capacidade de leitura fosse restabelecida.

Outro caso é o de Francisco, que teve um desenvolvimento aparentemente normal, em todos os aspectos. Foi para a escola antes de fazer seis anos, mas no fim do primeiro ano não tinha conseguido aprender a ler nada.

Movida por uma suspeita de dislexia, a mãe recorreu ao Centro Psicológico e Terapêutico da Dislexia, em Lisboa, onde lhe foi aconselhada a consulta de Posturologia de Alves da Silva. Nas palavras do médico, Francisco foi um dos casos mais graves de dislexia que teve. De base, havia um problema postural muito sério, que depois foi resolvido com lentes prismáticas e correcção da postura. Segundo a mãe, «os progressos na leitura e na escrita começaram a ser evidentes ao fim de alguns meses». Após um ano de intervenção postural, «o Francisco recuperou completamente o atraso escolar e a dislexia já não se compara ao que era», acrescenta.

DISLEXIA OU MÁ POSTURA?

Mas, qual a relação entre a dislexia e a SDP? Segundo Alves da Silva, «em muitos casos, a SDP diminui a capacidade de convergência dos olhos, ficando o doente incapaz de fixar o mesmo ponto por períodos de tempo normais». Ou seja, do problema postural decorre uma instabilidade ocular que interfere com a informação visual que chega ao cérebro, tornando-o incapaz de reconhecer determinadas letras e representações gráficas. Nas crianças, uma das possíveis consequências desta «cegueira» selectiva é a dislexia, que, por impedir o bom desenvolvimento da capacidade de leitura, compromete a aprendizagem escolar.

Alves da Silva está convencido de que «em mais de 90% dos casos a dislexia é uma manifestação da SDP». Como tal, «para tratar a dislexia é forçoso corrigir a deficiência postural». É claro que o êxito desta abordagem terapêutica será tanto maior quanto mais cedo for diagnosticada a patologia. Por esta razão, o médico chama à atenção dos pais para os «meninos mais trapalhões, aqueles que estão sempre caindo e tombando objetos, os que mordem a língua sem querer e têm o sono agitado, com pesadelos», já que, na maioria dos casos de SDP, estes são os primeiros sinais visíveis de um problema que permanece pela vida fora.

A CHAVE DO PROBLEMA

Gabriel Elie, oftalmologista francês que dirige a revista «Réalités Ophtalmologiques», explica que, «quando se trata crianças disléxicas através do método Alves da Silva, a transformação que se observa é espetacular. Em algumas semanas, estas crianças com grandes dificuldades na leitura adquirem um ritmo de aprendizagem normal».

Em sua opinião, «depois de décadas de investigação em dislexia, cujos únicos resultados foram várias teorias que se expandiram em todos os sentidos sem chegarem a solução alguma, Alves da Silva deu-nos a chave do problema, explicando a sua causa e indicando um método terapêutico que se distingue pela sua simplicidade e eficácia».

(REF: http://www.pcd.pt)

terça-feira, 31 de março de 2009

PAC ou DPAC - Distúrbio do Processamento Auditivo Central

• O QUE É O PROCESSAMENTO AUDITIVO?

É o processo de decodificação das ondas sonoras, que acontece a partir da orelha externa e vai até o córtex cerebral, envolvendo a capacidade de analisar, associar e interpretar informações sonoras captadas pelo sentido da audição.

• O QUE É O DPAC - DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?

É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas.

• PORTADORES DO DPAC COSTUMAM APRESENTAR ALGUNS DOS COMPORTAMENTES DESCRITOS ABAIXO:

- Dificuldade para manter a atenção nos sons;
- Dificuldade para aprender a ler e escrever;
- Dificuldade para entender o que lê;
- Parece desligado, precisa ser chamado várias vezes;
- Pede, com freqüência, para as pessoas repetirem as informações: Ah? O quê?
- Dificuldade para entender piadas, idéias abstratas ou com duplo sentido;
- Dificuldade para relatar conversas ouvidas, dar recados, contar acontecimentos etc.;
- Dificuldade para gravar nomes, datas, números etc.;
- Dificuldade para entender o que uma pessoa fala, em contextos onde há outras falando ou sons periféricos ocorrendo;
- Troca de letras, quando fala;
- Dificuldade para localizar a origem dos sons.

• O QUE PODE CAUSAR O DPAC?

- Herança genética - Processos alérgicos respiratórios, otites frequentes durante os primeiros anos de vida entre muitas outras causas.
- Permanência em UTI, por mais de 48 horas, na fase neonatal.
- Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.

• EXISTE TRATAMENTO PARA O DPAC?

Sim. O DPAC é efeito de falhas nas construções neurológicas que são responsáveis pelo Processamento Auditivo Central.

http://www.simposiodeneuroeducacao.com.br/dislexia.aspx

terça-feira, 10 de março de 2009

Método Davis de correção da Dislexia

O Dom da Dislexia

Ronald D.Davis

Editora Rocco

Sinopse



O Dom da Dislexia

Ronald D. Davis com Eldon M. Braun

Editora Rocco

Sinopse:

Para Ron Davis, a dislexia é um dom, um talento. Em "O Dom da Dislexia", Davis descreve inicialmente o que é a dislexia e o que faz com que os métodos convencionais de ensino não funcionem com crianças e adultos disléxicos. Visando atender ao pedido de pais e educadores interessados no Método Davis de Correção da Dislexia, o livro apresenta instruções detalhadas para exercícios e estratégias de aprendizagem que podem ser utilizados para ajudar o disléxico a reconhecer e corrigir a dislexia. São exercícios fáceis e divertidos, pois utilizam a linguagem não verbal, que reflete a forma de pensar, principalmente em imagem do disléxico.

terça-feira, 3 de março de 2009

Disgrafia, Disortografia, Discalculia, Dispraxia, Dislalia, DDA e DDAH,. (Fatores que podem coexistir com a dislexia)

A Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores.

A Disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros.

(ver:http://cybelemeyer.blogspot.com/2008/05/disgrafia-e-disortografia_28.html
http://www.aprendersempre.com/artigo_disgrafia.htm

A Discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.

Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia).

É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido.

Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalcúlico pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalcúlico necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola - http://www.brasilescola.com/doencas/discalculia.htm

A Dispraxia é um problema neurológico que causa dificuldades de planejamento de qualquer seqüência de movimentos coordenados, por exemplo, o simples ato de amarrar o sapato.

O ator Daniel Radcliff (o Harry Potter), tem dispraxia, e além da dificuldade para amarrar o próprio sapato tem tb uma caligrafia um tanto quanto ruim.

A Dislalia consiste na má articulação das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um pelo outro, ou ainda distorcendo fonemas. A falha na articulação das palavras pode ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Quando a criança não consegue desenvolver um bom padrão de fala, com distinções claras dos fonemas, acabará passando estas trocas para a escrita, quando iniciar esta nova fase.

TDAH, DDA, TDA, TDHA, TDAHI, DDAH - são muitas siglas, que causam confusão. T ou D referem-se sempre a Transtorno ou Distúrbio - TDAH ou DDAH. A hiperatividade (H) pode ou não estar presente, o que se reflete também nas siglas usadas. O mesmo vale para a impulsividade (I).

TDAH (DDA) e Hiperatividade causam dificuldades de atenção, memória, foco, agitação em adultos e crianças. Muitas crianças e adultos são criticados por falta de atenção, hiperatividade, impulsividade... Há também queixas por não fazerem as coisas até o final, deixando tudo largado e pela metade...

É comum tentar explicar a desatenção, hiperatividade, agitação, impulsividade como traços de personalidade, irresponsabilidade ou falta de interesse.

O que é hiperatividade? Um certo grau de agitação física - hiperatividade - é normal em crianças. A criança hiperativa pode ser ser portadora de TDAH. Porém, nem toda forma de agitação infantil quer dizer que ela tem o transtorno. Há vários outros problemas que podem mimetizar os sintomas do TDAH, entre eles a hiperatividade ou a desatenção. Deve-se evitar rótulos, como “criança hiperativa”, pois podem levar à discriminação e prejuízos de longo prazo.

http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/




Dislexia Fonológica

(Bem interessante. Tem a ver com a questão da memória do disléxico)
Trecho do site:

......os casos de dislexia fonológica do desenvolvimento mostram que, apesar de boa audição e de boa articulação da fala, podem haver problemas de discriminação e consciência fonêmicas que prejudicam severamente a aquisição de leitura e escrita alfabéticas competentes. Dois exemplos podem ser mencionados aqui: O caso de Rebecca (descrito por BUTTERWORTH, CAMPBELL, & HOWARD, 1986; CAMPBELL & BUTTERWORTH, 1985), e o caso de Louise (descrito por Funnel & Davidson, 1989). Rebecca era uma estudante de Psicologia de 20 anos de idade que sempre teve ótima audição e que, quando criança, começou a falar mais cedo que o normal. Apesar disso, suas habilidades de fala interna eram muito deficientes, fracassando em tarefas de consciência fonológica tais como a de emparelhar rimas faladas. Além disso, sua amplitude de memória (digit span) era muito curta, sendo melhor para numerais escritos (i.e., quatro dígitos) do que falados (i.e., três dígitos). Na tarefa de leitura em voz alta, era incapaz de repetir literalmente o que havia ouvido, cometendo freqüentes substituições lexicais, o que revela severos problemas com a rota superficial fonológica. Por exemplo, seqüências faladas como “nought, one, oh, one” eram por ela repetidas como “zero, one, zero, one”. De modo coerente com esses problemas de consciência fonológica e memória de trabalho fonológica, essa moça com dislexia fonológica do desenvolvimento se mostrava incapaz de escrever novas palavras sob ditado, ou de ler novas palavras em voz alta. Louise também era estudante de graduação e também tinha dislexia fonológica do desenvolvimento. Ela também apresentava desempenho inferior à sua idade cronológica, em termos de padrão de memória fonológica e de desempenho em tarefas de consciência fonológica. Apesar de Rebecca e Louise terem dislexia fonológica do desenvolvimento, suas estratégias cognitivas eram relativamente diferentes. Por exemplo, quando Louise era ensinada explicitamente a manejar uma nova escrita fonética, ela passava a usar essa escrita para aprender a fazer rimas e tarefas de memória de trabalho fonológica, de modo que sua consciência fonológica e memória de trabalho fonológica melhoraram a partir da aprendizagem da nova escrita fonética. Já quando Rebecca aprendia uma nova escrita fonética, ela tendia a usar os princípios literais visuais dessa escrita e não os fonêmicos.

Rebecca tem dificuldade em fazer uso da fala interna, embora seu aparato fonoarticulatório para a articulação da fala audível esteja intacto. Tal dificuldade é de natureza estrutural, ou seja, Rebecca não consegue desempenhar tarefas de leitura e de memorização do modo como a maior parte das pessoas fazem. Em conseqüência, Rebecca acaba adotando um estilo de leitura alternativo para tentar lidar com essas tarefas da melhor maneira possível....

http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2006/02/a6.htm

sábado, 28 de fevereiro de 2009

O que é Dislexia?

Dislexia (da contração das palavras gregas: dis = difícil, prejudicada, e lexis = palavra) caracteriza-se por uma dificuldade na área da leitura, escrita e soletração. A dislexia costuma ser identificada nas salas de aula durante a alfabetização sendo comum provocar uma defasagem inicial de aprendizado.

A dislexia é mais frequentemente caracterizada pela dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras, na leitura precisa e fluente e na fala.