terça-feira, 31 de março de 2009

PAC ou DPAC - Distúrbio do Processamento Auditivo Central

• O QUE É O PROCESSAMENTO AUDITIVO?

É o processo de decodificação das ondas sonoras, que acontece a partir da orelha externa e vai até o córtex cerebral, envolvendo a capacidade de analisar, associar e interpretar informações sonoras captadas pelo sentido da audição.

• O QUE É O DPAC - DISTÚRBIO DO PROCESSAMENTO AUDITIVO CENTRAL?

É uma falha no desenvolvimento das habilidades perceptivas auditivas.

• PORTADORES DO DPAC COSTUMAM APRESENTAR ALGUNS DOS COMPORTAMENTES DESCRITOS ABAIXO:

- Dificuldade para manter a atenção nos sons;
- Dificuldade para aprender a ler e escrever;
- Dificuldade para entender o que lê;
- Parece desligado, precisa ser chamado várias vezes;
- Pede, com freqüência, para as pessoas repetirem as informações: Ah? O quê?
- Dificuldade para entender piadas, idéias abstratas ou com duplo sentido;
- Dificuldade para relatar conversas ouvidas, dar recados, contar acontecimentos etc.;
- Dificuldade para gravar nomes, datas, números etc.;
- Dificuldade para entender o que uma pessoa fala, em contextos onde há outras falando ou sons periféricos ocorrendo;
- Troca de letras, quando fala;
- Dificuldade para localizar a origem dos sons.

• O QUE PODE CAUSAR O DPAC?

- Herança genética - Processos alérgicos respiratórios, otites frequentes durante os primeiros anos de vida entre muitas outras causas.
- Permanência em UTI, por mais de 48 horas, na fase neonatal.
- Experiências auditivas insuficientes durante a 1ª infância.

• EXISTE TRATAMENTO PARA O DPAC?

Sim. O DPAC é efeito de falhas nas construções neurológicas que são responsáveis pelo Processamento Auditivo Central.

http://www.simposiodeneuroeducacao.com.br/dislexia.aspx

terça-feira, 10 de março de 2009

Método Davis de correção da Dislexia

O Dom da Dislexia

Ronald D.Davis

Editora Rocco

Sinopse



O Dom da Dislexia

Ronald D. Davis com Eldon M. Braun

Editora Rocco

Sinopse:

Para Ron Davis, a dislexia é um dom, um talento. Em "O Dom da Dislexia", Davis descreve inicialmente o que é a dislexia e o que faz com que os métodos convencionais de ensino não funcionem com crianças e adultos disléxicos. Visando atender ao pedido de pais e educadores interessados no Método Davis de Correção da Dislexia, o livro apresenta instruções detalhadas para exercícios e estratégias de aprendizagem que podem ser utilizados para ajudar o disléxico a reconhecer e corrigir a dislexia. São exercícios fáceis e divertidos, pois utilizam a linguagem não verbal, que reflete a forma de pensar, principalmente em imagem do disléxico.

terça-feira, 3 de março de 2009

Disgrafia, Disortografia, Discalculia, Dispraxia, Dislalia, DDA e DDAH,. (Fatores que podem coexistir com a dislexia)

A Disgrafia é uma alteração da escrita normalmente ligada a problemas perceptivo-motores.

A Disortografia consiste numa escrita, não necessariamente disgráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita.Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros.

(ver:http://cybelemeyer.blogspot.com/2008/05/disgrafia-e-disortografia_28.html
http://www.aprendersempre.com/artigo_disgrafia.htm

A Discalculia é um distúrbio neurológico que afeta a habilidade com números. É um problema de aprendizado independente, mas pode estar também associado à dislexia. Tal distúrbio faz com que a pessoa se confunda em operações matemáticas, conceitos matemáticos, fórmulas, seqüência numéricas, ao realizar contagens, sinais numéricos e até na utilização da matemática no dia-a-dia.

Pode ocorrer como resultado de distúrbios na memória auditiva, quando a pessoa não consegue entender o que é falado e conseqüentemente não entende o que é proposto a ser feito, distúrbio de leitura quando o problema está ligado à dislexia e distúrbio de escrita quando a pessoa tem dificuldade em escrever o que é pedido (disgrafia).

É muito importante buscar auxílio para descobrir a discalculia ou não no período escolar quando alguns sinais são apresentados, pois alguns alunos que são discalcúlicos são chamados de desatentos e preguiçosos quando possuem problemas quanto à assimilação e compreensão do que é pedido.

Também é de grande importância ressaltar que o distúrbio neurológico que provoca a discalculia não causa deficiências mentais como algumas pessoas questionam. O discalcúlico pode ser auxiliado no seu dia-a-dia por uma calculadora, uma tabuada, um caderno quadriculado, com questões diretas e se ainda tiver muita dificuldade, o professor ou colega de trabalho pode fazer seus questionamentos oralmente para que o problema seja resolvido. O discalcúlico necessita da compreensão de todas as pessoas que convivem próximas a ele, pois encontra grandes dificuldades nas coisas que parecem óbvias.

Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola - http://www.brasilescola.com/doencas/discalculia.htm

A Dispraxia é um problema neurológico que causa dificuldades de planejamento de qualquer seqüência de movimentos coordenados, por exemplo, o simples ato de amarrar o sapato.

O ator Daniel Radcliff (o Harry Potter), tem dispraxia, e além da dificuldade para amarrar o próprio sapato tem tb uma caligrafia um tanto quanto ruim.

A Dislalia consiste na má articulação das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um pelo outro, ou ainda distorcendo fonemas. A falha na articulação das palavras pode ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Quando a criança não consegue desenvolver um bom padrão de fala, com distinções claras dos fonemas, acabará passando estas trocas para a escrita, quando iniciar esta nova fase.

TDAH, DDA, TDA, TDHA, TDAHI, DDAH - são muitas siglas, que causam confusão. T ou D referem-se sempre a Transtorno ou Distúrbio - TDAH ou DDAH. A hiperatividade (H) pode ou não estar presente, o que se reflete também nas siglas usadas. O mesmo vale para a impulsividade (I).

TDAH (DDA) e Hiperatividade causam dificuldades de atenção, memória, foco, agitação em adultos e crianças. Muitas crianças e adultos são criticados por falta de atenção, hiperatividade, impulsividade... Há também queixas por não fazerem as coisas até o final, deixando tudo largado e pela metade...

É comum tentar explicar a desatenção, hiperatividade, agitação, impulsividade como traços de personalidade, irresponsabilidade ou falta de interesse.

O que é hiperatividade? Um certo grau de agitação física - hiperatividade - é normal em crianças. A criança hiperativa pode ser ser portadora de TDAH. Porém, nem toda forma de agitação infantil quer dizer que ela tem o transtorno. Há vários outros problemas que podem mimetizar os sintomas do TDAH, entre eles a hiperatividade ou a desatenção. Deve-se evitar rótulos, como “criança hiperativa”, pois podem levar à discriminação e prejuízos de longo prazo.

http://www.dda-deficitdeatencao.com.br/




Dislexia Fonológica

(Bem interessante. Tem a ver com a questão da memória do disléxico)
Trecho do site:

......os casos de dislexia fonológica do desenvolvimento mostram que, apesar de boa audição e de boa articulação da fala, podem haver problemas de discriminação e consciência fonêmicas que prejudicam severamente a aquisição de leitura e escrita alfabéticas competentes. Dois exemplos podem ser mencionados aqui: O caso de Rebecca (descrito por BUTTERWORTH, CAMPBELL, & HOWARD, 1986; CAMPBELL & BUTTERWORTH, 1985), e o caso de Louise (descrito por Funnel & Davidson, 1989). Rebecca era uma estudante de Psicologia de 20 anos de idade que sempre teve ótima audição e que, quando criança, começou a falar mais cedo que o normal. Apesar disso, suas habilidades de fala interna eram muito deficientes, fracassando em tarefas de consciência fonológica tais como a de emparelhar rimas faladas. Além disso, sua amplitude de memória (digit span) era muito curta, sendo melhor para numerais escritos (i.e., quatro dígitos) do que falados (i.e., três dígitos). Na tarefa de leitura em voz alta, era incapaz de repetir literalmente o que havia ouvido, cometendo freqüentes substituições lexicais, o que revela severos problemas com a rota superficial fonológica. Por exemplo, seqüências faladas como “nought, one, oh, one” eram por ela repetidas como “zero, one, zero, one”. De modo coerente com esses problemas de consciência fonológica e memória de trabalho fonológica, essa moça com dislexia fonológica do desenvolvimento se mostrava incapaz de escrever novas palavras sob ditado, ou de ler novas palavras em voz alta. Louise também era estudante de graduação e também tinha dislexia fonológica do desenvolvimento. Ela também apresentava desempenho inferior à sua idade cronológica, em termos de padrão de memória fonológica e de desempenho em tarefas de consciência fonológica. Apesar de Rebecca e Louise terem dislexia fonológica do desenvolvimento, suas estratégias cognitivas eram relativamente diferentes. Por exemplo, quando Louise era ensinada explicitamente a manejar uma nova escrita fonética, ela passava a usar essa escrita para aprender a fazer rimas e tarefas de memória de trabalho fonológica, de modo que sua consciência fonológica e memória de trabalho fonológica melhoraram a partir da aprendizagem da nova escrita fonética. Já quando Rebecca aprendia uma nova escrita fonética, ela tendia a usar os princípios literais visuais dessa escrita e não os fonêmicos.

Rebecca tem dificuldade em fazer uso da fala interna, embora seu aparato fonoarticulatório para a articulação da fala audível esteja intacto. Tal dificuldade é de natureza estrutural, ou seja, Rebecca não consegue desempenhar tarefas de leitura e de memorização do modo como a maior parte das pessoas fazem. Em conseqüência, Rebecca acaba adotando um estilo de leitura alternativo para tentar lidar com essas tarefas da melhor maneira possível....

http://coralx.ufsm.br/revce/ceesp/2006/02/a6.htm